terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Falando de amor!

Maria Betânia cantando “Sem você, sem amor é tudo sofrimento, pois você é o amor que eu sempre procurei em vão, você é o que resiste ao desespero e a solidão...” enquanto corrijo meu texto problematizando as relações de gênero. Confesso, as lágrimas caem por amor. Amo todos os três homens que andam passeando por minhas artérias. Eles estão pulsando.


O primeiro foi aquele que dei a mão para dançar um forró, mal sabia o seu nome, o beijei, pronto, não sei mais nada. Só que foi bom e que de vez em quando na solidão da noite, uma lembrança de uma outra noite me conforta.

O segundo, um “amor” do passado, daquelas histórias que você se arrepende de não ter “dado” tudo o que poderia “dar”. Nos reencontramos, e promessas de resgate foram feitas.

O terceiro, um pecadinho difícil de acontecer, mas não impossível. Meu corpo esperou demais, o desejo transbordando por meus poros. E, de repente, não mais que de repente, sei que senti tudo por apenas uns minutos.

“Amar a nossa falta mesma de amor”, Drummond sussurra em meu ouvido. De certo, projetamos nos outros o que supostamente falta em nós, e outra canção martelando: “preciso aprender a ser só, preciso aprender a só ser”.

Racionalizar o amor, o desejo, nos faz cair na vala comum das repressões, interditos, sofrimentos, penitências e autoflagelo. E nessas horas só poemas e canções me consolam: “deixando a profundidade de lado eu quero é ficar colado a pele dele noite e dia”.